17 novembro 2009

FESTA DE 4 ANOS DA EQUIPE!

Dia 04-12-2009 Festa de 4 anos da Equipe Kcteros na bagaceira.
VÍDEO COM FESTAS DA EQUIPE:



DETALHES EM BREVE

29 setembro 2008

FESTA DE 3 ANOS DA EQUIPE KCTEROS NA BAGACEIRA

REALIZADA NO DIA 26-09-2008, No Bar da Meire, SEDE DA EQUIPE, uma noite de muita poesia(CÍCERO MORAES, KERLLE MAGALHÃES e PAULO MOURA (Dunga)), aboio(com RONALDO ABOIADOR) e forró pé-de-serra( RAMINHO DO ACORDEON) e de vaquejada(RAIMUNDO CARREIRO).

Aniversário de Meire, após a meia noite (27-09)


parabéns da Equipe

vídeo do poeta KERLLE MAGALHÃES, e sua poesia: DEPOIS QUE A TRANSA TERMINA
começando com momento Romântico!

Parte da equipe
os cabras desenrolados de farmácia

Mais um pedaço da equipe
A Equipe e amigos
Rodrigo e Cícero
direita p/ esquerda : Rodrigo , Matusalém e amigo

direita p/ esquerda : Cícero , Matusalém e amigo
o som ligado e o forró não pára
Cícero e o casal Rosângela e Gilmar
Riso e Jefferson
zabumbeiro fazendo poesia
Paula e Cristiano

Poetas : Kerlle Magalhães e Paulo Moura
Ronaldo Aboiador
Raimundo Carreiro

Cristiano, Cícero e Ronaldo aboiador
Camisa comoemorativa de 3 anos
Poeta Kerlle declamando

Sempre tem uns cabras desenrolados -TURMA DE FARMÁCIA
Rodrigo Cantado com Raminho do Acordeon

Raminho do Acordeon

Camisa antiga dos kcteros
Cláudio e Jefferson


REALIZADA NO DIA 26-09-2008, No Bar da Meire, SEDE DA EQUIPE, uma noite de muita poesia(CÍCERO MORAES, KERLLE MAGALHÃES e PAULO MOURA (Dunga)), aboio(com RONALDO ABOIADOR) e forró pé-de-serra( RAMINHO DO ACORDEON) e de vaquejada(RAIMUNDO CARREIRO).

25 outubro 2007

POESIAS >>>>>>>>> PATATIVA DO ASSARÉ


Saudade

Patativa do Assar�
(Ant�nio Gon�alves da Silva)


Saudade dentro do peito
É qual fogo de monturo
Por fora tudo perfeito,
Por dentro fazendo furo.

Há dor que mata a pessoa
Sem dó e sem piedade,
Porém não há dor que doa
Como a dor de uma saudade.

Saudade é um aperreio
Pra quem na vida gozou,
é um grande saco cheio
Daquilo que já passou.

Saudade é canto magoado
No coração de quem sente
é como a voz do passado
Ecoando no presente.

A saudade é jardineira
Que planta em peito qualquer
Quando ela planta cegueira
No coração da mulher,
Fica tal qual a frieira
Quanto mais coça mais quer.


O alco e a gasolina

Patativa do Assaré
(Antônio Gonçalves da Silva)

Neste mundo de pecado
Ninguém qué vivê sozinho
Quem viaja acompanhado
Incurta mais o caminho
Tudo que no mundo existe
Se achando sozinho e triste,
O alco vivia só
Sem ninguém lhe querê bem
E a gasolina também
Vivia no caritó.


O alco tanto sofreu
Sua dura e triste sina
Até que um dia ofreceu
Seu amô a gasolina
Perguntou se ela queria
Ele em sua companhia,
Pois andava aperriado
Era grande o padecê
Não podia mais vivê
Sem companhêra ao seu lado.


Disse ela: dou-lhe a resposta
Mas fazendo uma proposta
Sei que de mim você gosta
E eu não lhe acho tão feio
Porém eu sou moça fina,
Sou a prenda gasolina
Bem recatada, granfina
E gosto muito de asseio.


Se você não é nogento
É grande o contentamento
E tarvez meu sofrimento
Da solidão eu arranque,
Nós não vamo nem casá
Do jeito que o mundo tá
Nós dois vamo é se juntá
E morá dentro do tanque.


Se quisé me acompanhá
No tanque vamo morá
E os apusento zelá
Com carinho e com amô,
Porém lhe dou um conseio
Não vá fazê papé feio
Quero limpeza e asseio
Dentro do carboradô.


Se o meu amô armeja
E andá comigo deseja,
É necessaro que seja
Limpo, zeladô e esperto,
Precisa se controlá,
Veja que eu sou minerá
E você é vegetá,
Será que isto vai dá certo?


Disse o alco: meu benzinho
Eu não quero é tá sozinho
Pra gozá do teu carinho
Todo sacrifiço faço,
Na nossa nova aliança
Disponha de confiança
Com a minha substança
Eu subo até no espaço.


Quero é sê feliz agora
Morá onde você mora
Andá pelo mundo afora
E a minha vida gozá,
Entre nós não há desorde
Basta que você concorde
Nós se junta com as orde
Da senhora Petrobá.


Tudo o alco prometia.
Queria por que queriá
Na Petrobá neste dia
Houve uma festa danada
A Petrobá ordenou
Um ao outro se entregou
E o querozene chorou
Vendo a parenta amigada.


Porém depois de algum dia
Começou grande narquia,
O que o alco prometia
Sem sentimento negou,
Fez uma ação traiçoêra
Com a sua companhêra
Fazendo a maió sugêra
Dentro do carboradô.


Fez o alco uma ruína
Prometeu a gasolina
Que seguia a diciprina
Mas não quis lhe obedecê
Como o cabra embriagado
Descuidado e deslêxado
Dêxava tudo melado,
Agúia, bóia e giclê.


A gasolina falava
E a ele aconceiava,
Mas o alco não ligava,
Inxia o saco a zomba
Lhe respondendo, eu não ligo,
Se achá que vivê comigo
Tá sendo grande castigo
Se quêxe da Petrobá.


E assim ele permanece
No carro a tudo aborrece,
Se a gasolina padece
O chofé também se atrasa
Hoje o alco veve assim
Do jeito do cabra ruim
Que bebe no butiquim
E vai vomitá na casa.


(mantida a grafia original)


Antônio Gonçalves da Silva, conhecido como Patativa do Assaré, nasceu numa pequena propriedade rural de seus pais em Serra de Santana, município de Assaré, no sul do Ceará, em 05-03-1909. Filho mais velho entre os cinco irmãos, começou a vida trabalhando na enxada. O fato de ter passado somente seis meses na escola não impediu que sua veia poética florescesse e o transformasse em um inspirado cantor de sua região, de sua vida e da vida de sua gente. Em reconhecimento a seu trabalho, que é admirado internacionalmente, foi agraciado, no Brasil, com o título de doutor "honoris causa" por universidades locais. Casou-se com D. Belinha, e foi pai de nove filhos. Publicou Inspiração Nordestina, em 1956. Cantos de Patativa, em 1966. Em 1970, Figueiredo Filho publicou seus poemas comentados Patativa do Assaré. Tem inúmeros folhetos de cordel e poemas publicados em revistas e jornais. Sua memória está preservada no centro da cidade de Assaré, num sobradão do século XIX que abriga o Memorial Patativa do Assaré. Em seu livro Cante lá que eu canto cá, Patativa afirma que o sertão enfrenta a fome, a dor e a miséria, e que "para ser poeta de vera é preciso ter sofrimento".


O poeta faleceu no dia 08/07/2002, aos 93 anos.


O texto acima foi extraído do livro "Ispinho e Fulô", editado pela Universidade Estadual do Ceará/Prefeitura Municipal de Assaré - 2001, pág. 264.

Leia o texto. Compre o livro.

21 março 2007

*LANÇAMENTO DO LIVRO: AMORES PERFEITOS NA BEIRA DO MAR*

Atenção, poetas e amigos!
O poeta MARCOS PASSOS conta com a presença de todos ao lançamento do livro Amores perfeitos na beira do Mar e pede que divulguem o convite abaixo:


06 março 2007